quinta-feira, 6 de setembro de 2012

há coisas que a gente sente
e decididamente não entende,
outras simplesmente não sente
mas como entende
ou ao menos parece que,
assim como há outras
que se entende,
mesmo que sem querer.

a violenta suavidade das violetas,
o tormento agradável
que tem uma paixão,
os ventos,
até mesmo os violinos
não foram feitos para serem entendidos
vento algum venta
porque precisa ser compreendido
venta apenas porque quer
não porque tem motivo
nuvens, poemas,
às vezes um vôo de passarinho
não importa o que uma brisa for fazer

para um vento quem sabe, sentir
já seja uma forma de entender

(poema do Livro: Tudo que Não Sei sobre o Amor
de Fernando Koproski)

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