terça-feira, 1 de abril de 2014

tem gente que diz "sou para-raios de loucos". nesse sentido, acho que sou "para-raios de sociopatas"... e às vezes até "para-raios de psicopatas" mesmo... alguns anos atrás escrevi este poema sobre um deles... hoje, ele não me incomoda mais. mas fica o poema como registro de um tempo nojento... porque até isso, pode virar poesia, não?

POEMA PARA AS MÁS LÍNGUAS

busque teu ódio novas mágoas,
mais invejas e mesquinharias
pode mirar toda a tua artilharia
em mim ou na minha poesia

pois eis que visto apenas
uma armadura de epiderme,
só o que o coração me der
à prova de teus beijos de berne

se teu coração tem cãibras
de tanto ódio acumulado
ou é apenas sua estupidez
entupindo as veias e vasos

não sei mas em todo caso
contra ti não levanto a mão,
poesia, muito menos coração
dou só a outra face da página

ou o verso de meu rosto
estampado na lâmina da lágrima
pois onde você apenas vê
uma página em branco,

eu sei a pureza inabalável:
minuto a minuto da multidão calada,
os séculos de silêncio em cada
página sonhando acordada

Fernando Koproski
do livro “Retrato do amor quando verão, outono e inverno” (7letras, 2014)

também disponível na livraria Arte e letra (Al. Presidente Taunay, 130, Batel, Curitiba)

ou pela site da editora 7letras:
https://www.7letras.com.br/catalogsearch/result/?q=fernando+koproski



Nenhum comentário:

Postar um comentário