quinta-feira, 21 de maio de 2015

Os Elefantes Elegantes mergulham na poesia acida de Charles Bukowski
by Tony Lopes

Comecei a ler Bukowski 30 anos atrás. Eram dias ainda mais estranhos que hoje. Já sabia um pouco sobre a solidão. Sobre a dor aprendi depois aos poucos. A bebida era o elo que ligava uma coisa a outra, e o velho Chinaski um dos poucos companheiros das horas mais lúcidas.

Foi paixão eterna. O escritor que mais li. Devorei com voracidade todos os seus livros lançados no nosso país tropical. Li tudo que foi editado e traduzido aqui. E logo percebi que havia muito mais ali, porque ele sempre falava em leituras de poesias.Mas tudo que podíamos ler eram seus contos e/ou romances. Esperei muito até poder botar meus olhos (que a essa altura não eram dois) nas tais “poesias”. As primeiras não me impactaram. Esperei para encontrar algo melhor...

E finalmente tive a sorte de me bater com as traduções/versões feitas por Fernando Koproski.

E dai surgiu um novo desejo: torná-las musicas. E o mais difícil, feitas por mim. A sorte enfim me sorriu e me pegou numa fase que acabara de descobrir as facilidades de um aplicativo musical. Ele me propiciou a chance de fazer “músicas” ou MiniSongs como prefiro chamá-las. O resto foi fácil, mesmo porque nunca fui muito exigente. Só deixei as palavras saírem da minha boca com o suporte musical da minha banda virtual: Os Elefantes Elegantes.
Esse é o primeiro cd dos Elefantes Elegantes que ganha suporte físico, em uma edição limitada da Brechó Discos/BigBrossRecords/São Rock Discos. Com capa de Bruno Aziz e produção gráfica de Wilson PdM Santana. Então aproveite.

Talvez você esperasse algo diferente do que aqui está. Mas o velho safado era, e é bem mais amplo e profundo que algum marinheiro de primeira viagem possa supor.

O passo seguinte foi conhecer o Koproski e ter a sua aprovação (mesmo que parcial) e convencer/convidar dois amigos muito importantes para um novo projeto: mostrar ao mundo, ao menos o meu, que Buk era muito mais que simples pornografia e escracho. Havia muito mais ali e os seus escritos agora podiam provar isso.

Gustavo Rios que compactuava das mesmas ideias topou a brincadeira de comentar os livros e fazer uma entrevista com Koproski e o nosso band leader Lima Trindade deu o aval para publicar na sua/nossa revista eletrônica Verbo21. Infelizmente essa parte da historia não teve o final feliz, não por culpa dos envolvidos, mas por circunstâncias adversas e alheias à nossa vontade.

O resto fica por sua conta, caro leitor/ouvinte.

Creia

Tony Lopes
http://www.livrariascuritiba.com.br/essa-loucura-roubada-que-nao-desejo-a-ninguem-a-nao-ser-a-mim-mesmo-amem-7-letras-lv314866/p
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